Mimetismo Divino??


"Era uma tarde de terça-feira ociosa para Taís, sentada a mais de 1h naquela tediosa sala de espera não era o que ela mais precisava naquele momento. Seu marido, Lucas, estava no trabalho e não pode acompanhá-la naquela que deveria ser a vigésiama ida àquela clínica. Finalmente depois da interminável espera Taís é chamada pela recepcionista e dirigida para a sala do médico. Uma longa conversa antecede a notícia que ja fora escutada algumas vezes mas, nunca tirou a esperança daquele casal tão jovem. O médico explica que apesar dos esforços e das inúmeras tentativas, mais uma vez Taís não conseguira engravidar. Ela sai da sala cabisbaixa e com uma lágrima traiçoeira escorrendo no canto do olho. Entra no carro, pára por alguns segundos e não consegue conter o choro. Chora desesperadamente, como se fosse a primeira vez que ouvisse aquilo, grita desesperada e indaga-se a todo momento: "Por que comigo?". Ao chegar em casa, o marido já a espera ansioso. Após receber a notícia ambos choram. Não entendem o motivo de não conseguirem ter um filho. Eles então fazem um acordo e decidem tentar só mais um vez, e agora iriam usar a ciência a seu favor. Eles procuram uma clínica de Reprodução Assistida, são informados de como ocorre todo o processo e decidem fazer o tratamento. Taís passa por todos os processos e, juntamente com Lucas seguem todos os procedimentos indicados pelo médico. Chega então o tão sonhado dia da intervenção. Taís esta nervosa mas , muito otimista. Tudo ocorre perfeitamente e 2 dias depois eles retornam a clínica e recebem a tão sonhada notícia de que Taís está grávida. Nove meses depois o casal esta no hospital para trazer ao mundo o pequeno Mateus, fruto de um sonho facilitado pela ciência."

Casos como esse não são raros. Milhões de casais já depositaram na Reprodução Assistida todo um sonho de vida. Para eles esta foi a melhor alternativa para o grande dilema de suas vidas. Mas, como toda evolução, está técnica inovadora é alvo de muitas críticas, principalmente por parte da Igreja, a qual julga-a como uma tentativa de Imitação de Deus.

Sei que não sou formador de opinião e nem muito menos analista do comportamento científico frente a sociedade e seus preceitos mas, a fundamentação de minha opinião é baseada na lógica do desenvolver das situações e na Palavra que me guia.

Vamos partir do preceito que rege a crítica religiosa.

Na Bíblia há a seguinte passagem: “Disse Jesus: ‘nenhuma folha cairá sem o consentimento do meu Pai ' "
Terá Deus esquecido das palavras profetizadas e deixado o mundo ao léu? Afirmo que não! Todo e qualquer ato do homem foi planejado e premeditado pelo nosso Criador. Então dizer que estão querendo imitar o poder divino é ir contra a própria teoria que os fundamenta.

Ainda há a questão do livre arbítrio, poder dado ao homem para seguir o caminhos que desejar. Então, tendo nós o poder da livre escolha dado pelo Ser Maior, o que dá a Igreja o poder de vetar o avanço científico baseado em dogmas fabricados?

Partindo do jargão " cada cabeça um mundo ", não é possível enxergar o fim dessas discussão (se é que ele existe!) e nem muito menos avaliar a opinião totalmente correta. Cada lado tem suas razões. Mas, como defensor e parte integrante da ciência, acredito no poder de melhoria do mundo e da maneira em que vivemos. Em nenhum momento vejo tentativas de mimetismo divino e muito menos comparação de poderes. Acredito no dom da inteligência e na capacidade de distinção que foi dado a nos seres humanos. Afinal, não estaríamos nesse estágio se não fosse do agrado de Deus.

The Love


"Você sabe amar? Eu não sei. Mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a aceitar as pessoas mesmo quando elas me desapontam, quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ou ações impensadas.

Não é fácil aceitar a pessoa assim como ela é, não como eu desejo que ela seja, mas como ela é. É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos. Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.

Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais; descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.

Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada e a vanglória exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.

Aos poucos estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a perdoar, pois o amor perdoa, lança fora as mágoas e apaga as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravam no coração ferido.

O amor perdoa, esquece, extingue todos os traços de dor no coração. Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, a amar.

Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.

Estou aprendendo, mas como é lenta a aprendizagem.
Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo, aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho, quando estes impedem a felicidade e o bem-estar de alguém.

Como é duro amar. Acho difícil até amar-me.

Conheço tão bem meus defeitos, e tantas vezes tenho me sentido rejeitada, isolada.

No entanto, estou aprendendo a me amar com amor sadio, amor livre de egoísmo sufocante, pois como poderei amar aos outros se odeio meus próprios sentimentos e desprezo minhas capacidades e talentos?

Graças a Deus e ao seu infinito amor , estou lentamente aprendendo a amar."


Texto de Gladys Betts


É comum alguém argumentar que a explicação científica de algum assunto tira a poesia e beleza das coisas. Acho que não preciso detalhar que isso é um absurdo, seria o mesmo que achar que um churrasco perde o sabor porque conhece a estrutura de uma proteína.
Então segura as pontas, porque a ciência já tem um bom conhecimento dos mecanismos do amor.

O amor é uma sensação de união que é reforçada pela presença de ocitocina, que é sintetizada no hipotálamo e secretada no sangue pela pituitária. Em mulheres, a ocitocina estimula as contrações do parto, lactação e amor maternal.



Em Why We Love, Helen Fisher oferece nova visão sobre este fenômeno universal baseado em seu inovador ponto de vista da investigação científica. Trabalhou com uma equipe de cientistas para digitalizar os cérebros das pessoas que tinham acabado de cair no madly do amor, Fisher e seus colegas provaram que, finalmente, psicólogos tinha apenas suspeitas: quando você cair no amor, áreas específicas do cérebro "acendem", com o aumento do Fluxo sanguíneo. Usando esses dados, ele conclui que a paixão romântica é, de fato, armazenada em nosso cérebro através de milhões de anos de evolução. Não é uma emoção, é uma unidade tão poderoso quanto a fome.


Então sendo o amor uma salada de reações químicas, seria ele um sentimento fabricável? Rotas, vias e reações metabólicas são lindas escritas no papel, igualmente as poesias mais belas, mas quando a trazemos para o plano tátil, nossa dimensão, tudo ganha uma complexidade que não se previa. O amor é igual a poesia, fácil e lindo na teoria, mas que poucos conseguem tornar realidade.


**Parte do texto extraída de http://www.gluon.com.br/blog/2005/09/30/quimica-do-amor**


"Que seja eterno/Posto que é chama/mas, que seja infinito enquanto dure"


Memória Seletiva???????


Lá estava eu no shopping quando de repente um carinha (lindo por sinal!) me aborda...pensei: "nossa a dieta da lua realmente funcionou...ou serão aquelas dicas de como atrair um homem em 1 semana?bem seja lá o que for, ele está aqui na sua frente, aproveita anta!". Enquanto eu pensava isso ele diz: "Olá Fulana!(acho que alguém vai perceber que não é meu nome né?!) Quanto tempo...como você está?" e ele continuando o interrogatório e minha cara de desespero (escondida pela cara de simpatia!) aumentando. Como é que pode...o cara sabia meu nome, onde eu morava, o nome de meus pais, o nome do meu cachorro e se brincar ele sabia até meu CPF que não consegui aprender até hoje!
Passamos quase 15 minutos nesse dilema...ele com perguntas concretas e eu com respostas vagas, pois não sabia para quem estava confirmando a minha vida! De onde eu conheço esse caraaaaaa????? Nos despedimos e ele mandou lembranças para metade de minha família e eu não disse sequer o nome dele.
Continuei a minha caminhada solitária pelo Vale das Compras, agora intrigada com a identidade desconhecida daquele (maravilhoso!) indivíduo que me abordara. Entre uma possível relação de parentesco e uma suposta amizade de colégio, me veio de supetão a verdadeira correlação de nossas vidas. Dei um estalo nos dedos e um sonoro: "É ele! Nossa como não pude lembrar?!". A criatura misteriosa era o Silvio (outro nome fictício tah?!), aquele feioso do colégio, que estudamos juntos desde o maternal até a 8ª série, o menino que tirava a meleca do nariz e grudava em baixo da cadeira, aquele que ia com a calça curta, a meia folgada e o cabelo assanhado...É era ele mesmo; que sentava do lado da Carlota. a gordinha que comia o lanche antes do intevalo; na frente do Otávio, o menino mudo que eu até hoje não sei qual é sua voz; e sentava atrás de MIM!!Como assim????Como eu nao pude me lembrar de uma pessoa que sentou atrás de mim durante toda a minha infância?? Depois de ver esse ponto importante da história fui procurar motivos de toda esse menosprezo que me seguiu durante meus anos estudantis.
Acho que se disser que conversei 5 vezes com essa criatura estarei sendo muito otimista, nao foi tudo isso, menos...muito menos!
E porque eu não lembrei dele por esse tempo todo? E agora estava toda interessada??
Foi a partir desse questionamento que fui procurar resposta na ciência. Será mesmo a nossa memória uma caixa seletiva? ou isso é apenas uma desculpa para a falta dela?
Procurei, fuçei até encontrar! E, para meu alívio, ela é sim seletiva!
Estudos suecos afirmam que nossa memória classifica as informções em "necessárias" e "não-necessárias". Assim, deixa no cérebro espaço livre para o armazenamento de novas informações. Mas, mesmo com essa classificação, o cérebro pode resgatar uma informação "descartada" se ele julgar que ela é necessária naquele momento. Foi o que aconteceu comigo, só que de uma maneira bem mais atrasada!
E depois de diminuir minha culpa, eu comecei a sentir remorso, porque entendi a ausência do Silvio na minha "memória necessária". Só pelo fato dele ser feioso, tirar meleca do nariz e colar na cadeira, nunca ter se enturmado e nunca ter puxado conversa comigo, eu não lembrara dele.
Talvez se eu tivesse sido um pouco menos distraída e tivesse dado importância aquele protótipo de homem maravilhoso modelo 2007, as chances, de minha raiva de mim mesma, existir nesse momento fossem diminuídas razoavelmente; e o pior de tudo talvez ele tivesse me dado o telefone dele!
Aiiiii memória!

** mais informações sobre memória seletiva: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u353266.shtml **

Biomedicina: um estilo de vida...da minha vida

"Uma opção profissional, mas também uma opção de vida...Trocar o palco iluminado e a perspectiva dos aplausos por uma atuação nos bastidores... Cenário frio...ausência de brilhos e de cores... Profissionais movidos pelo espírito de luta, envolvidos na batalha desgastante e muitas vezes insana contra inimigos invisíveis, que têm como único objetivo desbotar faces... Fazer dos sorrisos um pranto dolorido... Apagar o brilho dos olhos e a chama energética da vida... Guerreiros incansáveis!!! Guerreiros que muitas vezes comemoram suas vitórias solitariamente...mas nem por isso com menos alegria e consciência do dever cumprido. BIOMÉDICOS... Sem palco... Sem luzes ofuscantes... Sem cenários deslumbrantes... Às vezes sem nenhum aplauso... Heróis anônimos que brilham nos bastidores, criando scripts e roteiros de amor à vida..."

Escolher a Biomedicina foi a única coisa que o desespero me deu de bom! Talvez se aquela sensação de inutilidade que me atingiu no cursinho pre-vestibular, não tivesse sido tão forte, talvez hoje eu estivesse em qualquer outro curso, possivelmente insatisfeita e sem saber que é possível se amar uma profissão, que realmente se faz melhor quando se faz com amor.
Poder me sentir realizada com a minha escolha só não é mais gratificante do que me construir a cada dia. Poder ver a sua evolução e ainda poder ver tudo tendo resultados táteis em pouco tempo é uma sensação de dever cumprido que não tem preço.
E com a sensação de estar no caminho certo, a cada dia revigoro-me mais e mais para buscar a evolução constante. Fazer o que se ama não é tratado para mim como ocupação e sim como terapia contra o stress. Acho que quando eu me formar terei de arrumar um trabalho que me dê rugas na testa!