O Futuro da Humanidade

Lavoisier, Mendel, Einstein, Newton, Da Vinci, Pasteur, Oswaldo Cruz, Darwin, Sheakspeare, Galileu Galilei, Pitágoras, Linné, Thomas Edson, Beethoven...

Certamente em algum momento de suas vidas você já deve ter ouvido falar da maioria desses nomes, se não de todos. Em algum momento de nossas vidas usamos, ou usaremos, algum postulado, teoria, embasamento ou descoberta de alguma dessas figuras ilustres acima citadas.
Elas, e muitas outras aqui não citadas, possuem um ponto em comum: A Genialidade. Todos são exímios gênios, sozinhos, fundamentaram princípios que hoje nós, com a ajuda de livros e professores PHDs, demoramos muito ou até não compreendemos.

Já parou para reparar que as grandes descobertas foram feitas nas épocas mais improváveis de serem feitas? É ir contra a lógica que o corpo humano tenha sido desvendado e nomeado em um século onde os bisturis eram facas de dilacerar cordeiros. Parece remar contra a corrente, mas é verdade que a célula foi visualizada a luz de velas. As grandes obras foram escritas no tempo em que papel era caríssimo e tinta era feita artesanalmente, não é bem mais fácil escrever hoje, com sua folha "chamequinho" e sua "bic" azul? Sobra até mais criatividade para as idéias...teoricamente....é teoricamente tudo é mais fácil hoje mas, na faculdade vcê luta para aprender o que guerreiros solítários em busca da ciência desbravaram à séculos antes de Cristo.

É uma pergunta intrigante mas, depois de toda essa evidenciação é passiva de ser feita: Porque hoje não temos tantos "surtos" de genialidade como nos primórdios? Hoje não possuímos grandes filósofos como Sócrates, Platão ou Aristóteles, temos hoje no máximo Paulo Coelho arriscando uma alquimia bizarra para se tornar um mago das letras. Onde foram parar as célebres frases, aquelas que uma vez escutadas, para sempre assimiladas?? Quando eu tinha 8 anos, meu pai ganhou uma placa de agradecimento onde nela havia uma frase de Aristóteles, eu a li e mesmo só compreendendo o seu sentido alguns anos mais tarde, gravei-a e até hoje me serve de exemplo: "A grandeza não consiste em receber honras mas, em merecê-las". Hoje não se escuta falr de frases como essa, ou então que alguem descobriu algo que é vital a nossa existência (hei de concordar que grandes descobertas são feitas atualmente, mas nada que justifique a proporção dos números para compararmos com a tecnologia disponível).

Minha leitura atual foi que instigou essa reflexão. Fui presenteada com o livro O Futuro da Humanidade, de Augusto Cury, por sinal a leitura mais fantástica e viciosa desse mundo! Nele, Marco Polo, estudante de medicina e futuro psiquiatra, tem a alma de um cientista. Estudante questionador e inconformado com as respostas prontas impostas por seus mestres. Aprende nas ruas, com um mendigo PHD em filosofia chamado Falcão, o verdadeiro sentido da vida. Aprende que não podemos ficar presos a paradigmas e dogmas pre-estabelecidos, sempre temos de questionar, tentar melhorar tudo e ver na natureza a verdadeira essência da vida.

Marco Polo cria uma maneira que contraria totalmente o tratamento usado por todos os psiquiatras para cuidar de seus pacientes, ele faz com que os frios médicos aprendam que os distúrbios mentais tem de ser entendidos em sua totalidade como defeitos de personalidade e ão apenas como defeitos metabólicos a serem tratados com drogas.


Ele também prega a falta de pensamento filosófico do jovens do atual sistema acadêmico. Ele aprendeu com Falcão que a inteligência é exercitada com perguntas e não com respostas prontas.

Diante da indignação de Marco Polo, pude perceber quão falho é o nosso sistema de ensino atual. Chegamos na sala de aula e nenhum professor diz: Porque a célula respira pela mitocôndria? Se por acaso ela fizesse isso por outro meio, quais seriam as consequências?. Não, apenas chegamos e escutamos: "A célula respira pela mitocôndria a qual fabrica ATP." Pronto! Isso é o que temos de saber e, talvez se nos tornamos professores, será isso que nossos alunos irão escutar. Sinto que o que falta hoje é a falta de incentivo ao pensamento filosófico, mais profundo. Não querendo utopia, nem muito menos tendo a ilusão de que se instigarmos os estudantes eles se tornarão Newtons, Einsteins...enfim. O que quero dizer com tudo isso é alertar para a perda de instinto de desafios. Hoje encontramos tudo pronto, não precisamos pensar muito para obter além de nossa necessidade vital. Isso, há longo prazo, pode criar uma zona de ócio criativo que poderá prejudicar o futuro da mente humana. Tenho medo de que daqui há alguns anos tenhamos que limpar as teias de aranha presas nos neurônios. Então para retardar esse efeito, recomendo a leitura do livro O Futuro da Humanidade. As aventuras de Marco Polo, o desbravador da psique humana, tem de ser de conhecimento geral!