Contos Peçonhentos - Apresentação





" Você já viu um ninho de cobras? Elas se debatem lá dentro, se cruzam, se entrelaçam, mas jamais querem sair de lá. Elas misturam seus venenos e num coquetel diabólico lançam sua poção além do seu ninho.
Dizem que desenvolveram tal veneno por pura vingança, pois não se conformam de terem sido criadas com um terrível defeito físico, a falta de membros.
Talvez possa ser compreensível essa revolta. Não podem caminhar, se arrastam, não podem desfrutar do toque, apenas observam o que as rodeia.
(...)
Daí precisaram vingar-se.
(...)
Sendo assim, as cobras acabaram por vir ao mundo completamente desnutridas de afeição, carinho, amor e no lugar de tudo isso elas desenvolveram o veneno.
Porém nem todas são venenosas a ponta de matar como se imagina. Algumas em sua pequenez, apenas vivem de morder e assustar.

O grande perigo está naquelas que decididamente vieram ao mundo com um único objetivo, a vingança por se sentirem tão frustradas."


Ninho de Cobras - Silvana Duboc



Clima tenso pós-leitura não???
Comecei a pensar e "encafifar" com algumas idéias, daí surgiu uma base para o desenrolar de vários contos!
O objetivo é apenas encarar, de uma forma ligeiramente cômica, o que passamos nas faculdades e universidades da vida. As quais possuem todo tipo de gente! E quando digo TODO é TOOOODO mesmo! Vocês sabem muito bem do que estou falando.

ATENÇÃO!! Antes que alguém venha dizer que eu estou denegrindo a imagem de Fulano e Sicrano, usando Beltrano sem pagar os devidos direitos, contatar o advogado, me processar...enfim, declaro já de antemão que:


QUALQUER SEMELHANÇA DE CENÁRIO, PERSONAGEM E/OU QUALQUER OUTRO CONTEÚDO DESTA OBRA DE FICÇÃO É MERA COINCIDÊNCIA.


Então vamos à estória.

O cenário



Uma universidade lotada de estudantes, professores, funcionários, gente de passagem e todo tipo de personalidade. A Universidade Schlange, fundada em 2004, está situada nos confins de sua imaginação, bem ali ao lado do setor das memórias impossíveis de serem remembradas.
Todos que ali estudam, vivem em função de entender, curar, diagnosticar, dismistificar e problematizar a máquina humana e suas reações diante de situações infinitas.

Os primeiros personagens

Nada mais justo do que começar pelo começo! Vamos iniciar com a assustada e ansiosa estudante recém aprovada no vestibular para o curso de Navegação Através das Dinâmicas Afetivas, mais conhecido como o famoso e concorrido NADA. Seu nome? Sofia. Sua origem? Não vem ao caso. Seu objetivo? Concluir NADA para ser alguém na vida. Bonita? Bem...não era de se jogar fora.

Tem também a proprietária e diretora da Universidade, uma mulher no mínimo interessante. De beleza inebriante devido a mistura de raças, o pai é do Principado de Sealand e a mãe uma índia peruana que ganhou o mundo graças a programas de divulgação para incentivo ao turismo no Peru. Linda, para não dizer, perfeita. Cabelos longos, negros e lisos; ocultando suas costas de cintura fina, rosto típico italiano, sorriso largo e carisma contagiante. Godeberta é amada por centenas e odiada por milhares.

Outra figura marcante desse ninho é Yeva, uma russa branca-giz boa gente que chefia o NADA. Ela veio da Rússia em busca de sol e calor nos 365 dias do ano, chegando aqui viu-se preta, rata de praia e desempregada. Daí, lembrou de sua formação, que lhe proporcionava uma vida de regalias no seu antigo lar gelado. Se candidatou à vaga na Schlange e foi aceita depois de muita conversa furada.

Mas nem só de três pessoas é constituída a Schlange. Muitas figuras intrigantes, irritantes e hilariantes estão para aparecer. Prefiro ir mostrando cada uma no seu devido momento no decorrer dos fatos.

Conclusão

Contos Peçonhentos promete muito e nada ao mesmo tempo. Afinal, só sabemos se uma história merece aplausos depois de lida sua derradeira palavra.

Boa leitura para todós nós e muita inspiração para meus dedos!



Para entender o AMOR é preciso ver ROMA

Sou matuto nordestino desde menino!


Vagando pela estrada à fora da internet, me deparei com a coluna do jornalista Mauricio Stycer, a qual tem como postagem do dia 23/01/10 um texto intitulado: O Sonho do caipira Eliéser.
Assumo que quase nao li, pois um assunto que não me enche de curiosidade é o tal do Big Brother, mas a quantidade de críticas nos comentários me chamou a atenção.
Muita gente criticando o Mauricio por ter chamado o aspirante a famosidade de caipira. Segue o célebre trecho:

"Engenheiro agrônomo e modelo, aspirante a uma carreira de ator, o paranaense Eliéser, de 25 anos, é o caipira do BBB10. Até os 14 anos viveu em São Jorge do Ivaí, cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, e de lá mudou-se para Maringá, com cerca de 300 mil habitantes."

Me corrijam se eu estiver errada: caipira não é a denominação para quem vem do campo?? Então não vejo discriminação alguma com o rapaz. Todos tem de concordar que uma cidade de 5 mil habitantes não é nenhuma metrópole e que, muito menos, caipira é algum insulto.

Todo esse rebuliço fez reaviver uma indignação já antiga dentro de mim: a mania que a maioria da população tem de achar que todo adjetivo é pejorativo e excludente. Parece aqueles complexos de cachorro sarnento de rua, uma mania de inferioridade sem fim.

Uma coisa que sempre me intrigou: Os negros que podem nos chamar de BRANCOS e nós que não podem chamá-los de PRETOS. Tudo não se resume a cor? E afinal não é a única coisa que nos diferencia? No restante somos idênticos! Mas inventa de chamar algum negro de preto que o no mínimo uns 10 processos e umas 70 ONGs Vão cair em cima de você com a fúria de cem búfalos cutucados. Concordo que cada termo muda dependendo do tom e da real intenção ao usá-lo. Isso sim tem de ser recriminado.

Outro motivo de minha revolta particular é a tal da LEI DE COTAS. Será que só eu nesse mundo entendo que deficiência na educação básica não atinge só os negros e sim a classe pobre em geral?? Existe pobre de tudo que é cor nesse mundo! Vai no interior do Rio Grande do Sul que você vai ver famílias paupérrimas com cabelos claros, pele cor de leite e olhos azuis! É justo só os negros, pardos e índios serem beneficiados com este "método igualitáio"?

Deixando um pouco os negros de lado (estou com medo de ser processada por alguma ONG de direitos humanos!), não é de hoje essa mania de índio não querer ser índio, nem nordestino bater no peito e gritar forte: "Sou do nordesTe genTe!"...enfim, cada etnia, nacionalidade, crença...tem sua parcela de participantes que negam sua verdadeira origem. Qual a graça de viver num país de tantas diversidades se a maioria quer ser diferente???

Então queridos leitores, esta postagem tem no mínimo duas utilidades:

1. Nos fazer refletir sobre o orgulho de ostentar nossa verdadeira origem;
2. Big Brother pode ser uma fonte de discussões (em raríssimos casos!!!hehehe)

Ahhh...e só para não deixar de lado meu berço!
Sou de Itaporanga, situada lá nos confins da Paraíba, cidade a qual o sol gostou tanto que resolveu estacionar e ficar por lá o resto da vida! Hoje ela tem cerca de 25 mil habitantes, nenhum sinal de trânsito, a carta de crédito mais usada é a caderneta, todo mundo te conhece como sendo de alguém (Ex.: Maria de Joaquim da barraca que vende arroz no mercado), o maior tablóide é a boca das beatas, a boate é um clube bem antigo onde só toca pagodão, a Champs Elysees de lá chama-se Getúlio Vargas e é onde toooooodo o comércio está concentrado, não existem supermercados, só mercadinhos; pode-se pegar qualquer coisa nas lojas e dizer: "Eu passo aqui depois para acertar a conta", de tarde as cadeiras estacionam nas calçadas, as crianças cruzam de bicicleta de um lugar para o outro, as praças e ruas são tomadas pela gurizada que brinca de bola e o trabalho mais pesado que a policia faz é advertir quem anda de moto sem capacete!

Sou caipira de Itaporanga! Pode não ser a melhor cidade do mundo para se viver, mas foi onde Deus escolheu para eu nascer e é lá que estão minhas raízes...é lá que eu sempre estarei ligada!




Abraço a todos!

O estopim!



Antes de inaugurar esse novo ano com uma postagem, queria agradecer ao estopim, que me fez reacender a veia literária, até então em stand by dentro de mim.
Depois de ler o blog do Gustavo Agripino senti aquele estalo de inspiração! Logo após recebi uma "twittada" de incentivo. Foi o estopim da bomba de palavras que estava, até então presa dentro de mim! Espero que gostem da nova temporada de posts!

Valeu grande mestre Gustavo!