The Love


"Você sabe amar? Eu não sei. Mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a aceitar as pessoas mesmo quando elas me desapontam, quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ou ações impensadas.

Não é fácil aceitar a pessoa assim como ela é, não como eu desejo que ela seja, mas como ela é. É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos. Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.

Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais; descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.

Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada e a vanglória exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.

Aos poucos estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a perdoar, pois o amor perdoa, lança fora as mágoas e apaga as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravam no coração ferido.

O amor perdoa, esquece, extingue todos os traços de dor no coração. Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, a amar.

Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.

Estou aprendendo, mas como é lenta a aprendizagem.
Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo, aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho, quando estes impedem a felicidade e o bem-estar de alguém.

Como é duro amar. Acho difícil até amar-me.

Conheço tão bem meus defeitos, e tantas vezes tenho me sentido rejeitada, isolada.

No entanto, estou aprendendo a me amar com amor sadio, amor livre de egoísmo sufocante, pois como poderei amar aos outros se odeio meus próprios sentimentos e desprezo minhas capacidades e talentos?

Graças a Deus e ao seu infinito amor , estou lentamente aprendendo a amar."


Texto de Gladys Betts


É comum alguém argumentar que a explicação científica de algum assunto tira a poesia e beleza das coisas. Acho que não preciso detalhar que isso é um absurdo, seria o mesmo que achar que um churrasco perde o sabor porque conhece a estrutura de uma proteína.
Então segura as pontas, porque a ciência já tem um bom conhecimento dos mecanismos do amor.

O amor é uma sensação de união que é reforçada pela presença de ocitocina, que é sintetizada no hipotálamo e secretada no sangue pela pituitária. Em mulheres, a ocitocina estimula as contrações do parto, lactação e amor maternal.



Em Why We Love, Helen Fisher oferece nova visão sobre este fenômeno universal baseado em seu inovador ponto de vista da investigação científica. Trabalhou com uma equipe de cientistas para digitalizar os cérebros das pessoas que tinham acabado de cair no madly do amor, Fisher e seus colegas provaram que, finalmente, psicólogos tinha apenas suspeitas: quando você cair no amor, áreas específicas do cérebro "acendem", com o aumento do Fluxo sanguíneo. Usando esses dados, ele conclui que a paixão romântica é, de fato, armazenada em nosso cérebro através de milhões de anos de evolução. Não é uma emoção, é uma unidade tão poderoso quanto a fome.


Então sendo o amor uma salada de reações químicas, seria ele um sentimento fabricável? Rotas, vias e reações metabólicas são lindas escritas no papel, igualmente as poesias mais belas, mas quando a trazemos para o plano tátil, nossa dimensão, tudo ganha uma complexidade que não se previa. O amor é igual a poesia, fácil e lindo na teoria, mas que poucos conseguem tornar realidade.


**Parte do texto extraída de http://www.gluon.com.br/blog/2005/09/30/quimica-do-amor**


"Que seja eterno/Posto que é chama/mas, que seja infinito enquanto dure"


2 comentários:

luisbr disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
luisbr disse...

Feito! Obrigado. ;-)